sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Inscrição: 0044210
Nome: LAISE MAIA LOPES
Identidade: 7641182
Órgão: SDS
UF: PE
Grupo: 03
Curso: CONJUNTO ENGENHARIAS CTG/UFPE/RECIFE
MEI: 4,7916
Arg. de Classificação: 6,6466
Entrada: 1
Turno: MANHA/TARDE
Instituição: U.F.PE
Campus: RECIFE
Situação: CLASSIFICADO



Identificação: 907233; 05090207; LAISE MAIA LOPES
Grupo: 5 - ESCOLA POLITECNICA DE PERNAMBUCO - EPP
Curso: 0509-ENGENHARIA ELETROTECNICA 01 M/N
Classificação: 006
Escore Final: 667,64
Situação: C - Classificado


INHA INHA INHA EU FIZ A DOBRADINHA!

HEUHEUEHUEHEUHEUEHUEHUEHE

;*

2 comentários:

StesaSulSOFA' disse...

CDF SAFAAAAAAAAAAADDAAA
ninguém sabia que tu ia passar, nééé?

;******* idiota

D. Ramos disse...

Direito 1 x 0 Engenharia



Por Victor Bezerra Alencar



Saudações, futuro bacharel em Direito! Viva, futura advogada! Congratulações, quem-sabe-funcionário-público! Pois a nação jamais pareceu precisar tanto de vocês do que de todo o resto de profissionais, afinal surgem cerca de 70 mil novos bacharéis em Direito por ano, quase três vezes mais que a quantidade de engenheiros formados no mesmo período, parcos e penosos 25 mil.

Você provavelmente não sabe, mas houve um tempo, da década de 60 até o final dos anos 80, que em todo o país só existiam 69 cursos de Direito. Naquele tempo, fazer vestibular para Direito não era lá bom sinal. Os vestibulandos que assim desejassem, não raro, eram vistos como parvos optando por um curso fácil e tranquilo, porém respeitável. Pergunte a suas tias mais velhas, elas não hão de me negar. Na década de 90 foi incendiada a pólvora que provocaria o big-bang dos concursos e, qual colônia de bactérias, a quantidade de cursos se multiplicou até atingir 400 faculdades em todo o país. Hoje, segundo o IBGE, são 862 instituições de ensino jurídico superior, mais que o dobro das 400 dos anos 90; que exponencial cataclisma, não? Apenas a ponta do iceberg.

Pois é, isso tudo é para mim tão impressionante, que hoje em dia, nas baladinhas da vida, não digo mais: "Faz o que?"; vou direto ao ponto: "Faz Direito onde?". Acredite, os acertos são maiores que os erros e curioso mesmo é ver, de vez em quando, o ingênuo brilhozinho no olho, quando umas me perguntam: "Como é que tu sabia?". Respondo com um sorriso, que é pra manter o mistério... não ria não!! Seria cômico se não fosse trágico!

Explico melhor qual o real problema nisso tudo. Tomemos então a China como exemplo: a China, como todos sabemos, possui mais de 1 bilhão de habitantes. Vamos, dê um chute: quanto desse bilhão é quinhão dos advogados? Uma dica: no Brasil, onde os habitantes são míseros 188 milhões, existem pouco mais de 510 mil advogados [1]. Fez as contas? Eu ajudo: são quase 3 advogados a cada mil habitantes, aproximadamente. Voltemos então à China... qual seu palpite? Que tal apenas 1 advogado a cada mil chineses? Razoável? Isso daria, digamos: 1 milhão de advogados no total. E aí? Que tal a heurística? Bom chute? Nada! A China possui apenas 110 mil advogados. Quase cinco vezes menos que o Brasil, no total!!! Só o estado de São Paulo possui bem mais que o montante chinês: são 176 mil portadores da carteira da OAB circulando na terra de Mário de Andrade. Ó céus! Onde tantos deles irão parar?? Nas filinhas dos concursos públicos, obviamente, e... Zaz!! Chegamos ao problema: há vagas para todos eles? No Brasil?? Não mesmo!!!

Quem é mesmo que anda crescendo 12% ao ano e assustando o mundo com seu crescimento econômico? Essa vocês sabem de cór: a China, claro. Agora o que você não sabe é a quantidade de engenheiros que a china forma e absorve por ano: 450 mil!! Aí você diz: "Mas aí é covardia, a China é muito grande". A Coréia - pequeninha não? - produz cinco vezes mais engenheiros que o Brasil! Quantos advogados a Córeia produz por ano? Deixe que eu diga o seguinte: o Brasil forma mais bacharéis em Direito do que os Estados Unidos, a Europa e a Coréia JUNTOS!! O mais engraçado é que de acordo com a constituição, a profissão de advogado é, em teoria, supérflua, visto que todo brasileiro tem obrigação de conhecer a lei.

Tudo vai ficando mais patético. Começamos a ver gente formada em outras profissões não as exercendo para ir fazer concursos que envolvem, na maioria das vezes, mais conhecimento jurídico e legal do que qualquer outra coisa. Para todo gosto: engenheiro ou médico que desiste da profissão para ir cursar Direito e fazer concurso; graduandos a capitular em seus cursos para ir cursar Direito e fazer concurso; profissionais resignando suas profissões para assumir cargos oriundos de concursos ou fazer concurso. Convenhamos: decorar e interpretar textinhos e leis é bem mais fácil do que resolver uma equação diferencial ou desfribilar um paciente ou obturar um dente ou desenvolver um software ou ensinar ou... e no final das contas pagam melhor. O universitário brasileiro, em sua ilusão, vai sonhando com o "passar no concurso", com o dinheiro e a garantia futura e não percebe que não há espaço para todos. O big-bang teve seu fim e certo mesmo só a desilusão, para muitos cujas vagas faltarão, de um sonho destruído. Temos pintada a lavagem cerebral dos concursos. Os donos dos cursinhos, qual Picasso, vão usando e abusando dos croquis e das cores. Que beleza, aquarela brasileira!

O Brasil continua mal há séculos. Faz séculos as crias das faculdades de Direito dominam o poder. Qual a porcentagem de parlamentares formados em Direito? Mais de 60%. Qual a porcentagem de ministros ou ocupantes de cargos públicos importantes formados em Direito? Vou pesquisar não, vai me dar raiva, é absurda! Enquanto isso na China... Todos os membros do Comitê do Politiburo são engenheiros. Hun Jintao, Presidente da República Popular da China, é engenheiro civil. Wen Jiabao, Premier do Conselho de Estado, e Luo Gan são engenheiros de minas. Huang Ju, Jia Qinglin, Li Changchun, Wu Bangguo, Wu Guanzheng e Zeng Qinghong, também membros do comitê, são engenheiros eletricistas. Dale Engenharia China! Dale!

A solução para o Brasil é mandar os advogados para a China! Enquanto isso aqui, que 1 x 0 que nada, os engenheiros vão tomando de goleada! E o Brasil também.



--------------------------------------------------------------------------------

[1] Portadores de carteira da OAB.